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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Crise de 2007:Detalhes da maior depressão econômica pós 1929(parte 1 )

Na minha primeira postagem nesse blog,abordarei o tema da crise de 2007 e os principais motivos, que levaram as contas de vários investidores ao vermelho, países antes desenvolvidos amargurando desemprego e o aumento de sua dívida externa e a falência de grandes empresas importantes no cenário mundial.



Islândia

    A Islândia, um país que anteriormente a crise, era um sinônimo de democracia estável, tinha um baixíssimo percentual de desemprego, moderna infra-estrutura, índice de desenvolvimento humano entre os mais altos do mundo e um histórico de luta a favor do meio ambiente. Até o ano 2000, o governo focava os seus investimentos em educação, saúde, segurança pública e na não degradação de uma região conhecida pelas suas lindas montanhas. Isso mudou quando, o governo iniciou uma política de desregulamentação de sua economia, além disso, o país foi aberto para o ingresso de empresas estrangeiras, a maioria delas interessadas na exploração de energia geotérmica e hidrelétrica, modificando selvagemente o meio ambiente das regiões montanhosas, obrigando os moradores locais a migrarem para as cidades.
     Na parte financeira, o governo tomou a decisão de privatizar os três principais bancos do país, na mais pura experiência de desregulamentação financeira.No curto periódo de cinco anos, esses bancos que nunca haviam operado fora da Islândia, emprestaram cerca de $180 bilhões para a população local, dentro deles alguns milionários com facilitações e baixos juros. O grande problema era que esses bancos não tinham capacidade, para efetuar empréstimos com cifras desse porte, a partir desse momento, estava criada a bolha financeria islandesa. Em 2008, esses três bancos entraram em colapso, causando a perda de todo dinheiro guardado em poupança de seus clientes, acarretando com o desemprego quase triplicando em um mês.
     A pergunta fica, porque o governo não interviu nesses empréstimos fraudulentos, sabendo que seus bancos não tinham capacidade para realizá-los. Isso pode ser respondido, pelo fato que cerca de um terço dos fiscais financeiros que trabalhavam para o governo, trabalhavam também para os bancos e facilitavam o ocultamento das irregularidades, já que eles representavam os interesses dos bancos.
     Com toda essa situação, a Islândia pode ser considerada o país mais afetado proporcionalmente pela crise, que teve consequências catastróficas para a sua população, tudo isso fruto de uma má administração de seu governo.


Para mais informações: Assistir o documentário "Trabalho Interno (Inside Job) de Charles Ferguson"


Essa é a primeira postagem sobre esse tema, que dentro de alguns dias voltarei a publicar sobre os seguintes temas: A crise imobiliària norte americana, a securitization food chain , os empréstimos de risco (subprime loans), o papel do governo estadunidense e a a falência da AIG
(maior seguradora do mundo pré 2007).

Artigo revisado em: 19/01/2012

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