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quinta-feira, 26 de maio de 2011

"Conflito Israel-Palestina"

Nesse mês trabalhei na produção de um seminário sobre o conflito entre Israel e Palestina, além de assistir o filme "Promessa de um novo mundo", assim passei a pensar sobre este conflito d'uma forma diferente da que sempre pensei.
Realmente quando ouço, que não se pode criticar sem entender a forma como eles pensam,sei que é verdade. Tentar achar o certo e o errado, não faz o menor sentido (seria como perguntar a um brasileiro e depois a um argentino, "Quem foi melhor Pelé ou Maradona?"). Hoje não se deve discutir quem está certo, se os judeus ou os árabes, mas deve-se discutir como extinguir o conflito ou ao menos reduzi-lo de forma considerável, pois sempre haverá alguns extremistas.
O conflito começou a muito, como resultado da criação do Estado de Israel em 1948. Mas há de se entender o que motivou a criação de Israel.
Na Segunda Grande Guerra ou Segunda Guerra Mundial, os judeus que viviam na Europa sofreram demasiadamente com o Holocausto (perseguição faci-nazistas que resultou na morte de cerca de 6 milhões de judeus), assim esse povo apátrida que há muito desejavam por uma terra para chamar de sua, intensificando o movimento sionista, que teve sua concretização no ano de 1947 com a decisão da ONU e em 1948 a criação de Israel no território onde antes era a Palestina.
Palestina nessa época era território sob domínio Inglês devido o processo de recolonização, o mandato britânico se da após o fim da 1° Grande Guerra a dissolução do Império Turco-Otomano e perdura até o ano de 1948 quando efetivamente é criado Israel, que dividiu o território da Palestina em dois pedaços, sendo eles: a oeste Gaza e a leste Cisjordânia. No intervalo entre a resolução 181 da ONU em 1947 e a Criação e/ou independência de Israel vinha acontecendo uma revolta popular palestina que cominou na chamada "Guerra da Libertação" pelos palestinos e de "Guerra da Independência" pelos israelenses, onde ocorreram uma série de ataques de ambos os lados, tendo o cessar-fogo declarado em fevereiro de 1949, além das invasões de cinco países árabes vizinhos que não aceitavam Israel sendo eles: Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque, esses conflitos geraram uma expansão do território original de Israel.
Desde então Israel vêem negociando e renegociando posse de territórios, como o a península do Sinai o canal de Suez, e até os dias atuais campos de refugiados que foram expulsos de suas casas durante os conflitos.
Pelo lado da Palestina existe a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), além de grupos extremistas como o Hammas e o Al-Fatah, que lutam pela concretização do Estado palestino.
Por outro lado Israel se mantém “seguro” graças às medidas de seguranças pelo governo, como pontos de revista em todas as fronteiras com territórios palestinos, onde apenas pessoas autorizadas pelo governo israelense podem transitar.
A “Intifada” que em tradução literal significa revolta, onde grupos revoltosos palestinos lutaram contra tropas israelenses para que fossem devolvidos territórios da Palestina que foram teoricamente devolvidas. Nesta revolta os revoltosos usavam pedras contra os fusíveis dos soldados israelenses. A 1º “Intifada” ocorreu em 9 de dezembro de 1987 e a 2º em 29 de setembro de 2000.
O resultado dessas revoltas são mortos e feridos pelos dois lados além de fomentarem os sentimentos de magoa e vingança na população de ambos os lados.
Um ponto que a muito casa divergência é a decisão do parlamento israelense de definir Jerusalém como a capital de Israel (claro na parte a que pertence a Israel, ou seja, Jerusalém ocidental), essa decisão do parlamento não desagradou apenas palestinos, mas sim grande parte das nações ao redor do mundo, para a ONU Jerusalém deviria ser um território internacional de livre circulação tanto para israelenses e palestinos, e para Palestina Jerusalém deveria ser sua capital também (Jerusalém oriental que hoje está sob controle de Israel).
Como resolver estes conflitos sócio-politico-religiosos? Essa pergunta faz minha mente quase entrar em parafusos, pois estes conflitos ainda estão bem distantes de chegar a um fim, mas hoje podemos pensar em medidas para atenuar as ações dos grupos extremistas, além de conscientizar a população de que a resolução do conflito não se dará por ações beligerantes, mas sim por soluções diplomáticas, e respeito mutuo dos povos.

2 comentários:

  1. Texto bastante didático, parabéns! Entretanto para além da criação do Estado de Israel, até onde esse conflito engloba o confronto árabes, palestinos, judeus....? Preciso muito compreender a evolução histórica dessa região, obrigada!

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    1. Olá minha cara leitora, agradeço seu interesse em nosso blog.
      Agora sobre sua pergunta, atualmente o conflito judaico-palestino ainda é decorrente da criação do Estado de Israel, no território que historicamente deveria ser de soberania do Estado Palestino.
      O Estado Palestino teve sua legitimidade reduzida no Sistema Internacional, devido as ações radicais do Al-Fatah.
      Tão logo ainda há países que não reconhecem a Palestina como um Estado Soberano. O Brasil só reconheceu a Palestina em dezembro de 2010.
      Tratarei sobre o momento da "Autoridade Palestina" em uma futura publicação.
      Se quiser entrar em contato por e-mail, poderíamos trocar informações mais detalhadas. privatti.celso@hotmail.com

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