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terça-feira, 12 de julho de 2011

"O dia em que o Green Peace me perdeu"

Lembro bem deste dia, saindo da faculdade uma representante do Green peace me parou, questionou se em conhecia o trabalho deles, minha resposta prontamente foi, conheço superficialmente, assim a moça me bombardeou de informações, me empolguei e comecei a me interessar pelo assunto (há algum tempo atrás já vinha com a ideia de aderir a uma ONG, porem sempre fui cético em relação ao aquecimento global, pois considero esses debates uma maneira fácil de ganhar dinheiro) ela entrou no assunto do momento para o Green peace a construção da nova hidrelétrica de Belo Monte no riu Xingu.
A usina de Belo Monte como qualquer expansão de infraestrutura governamental teve o inicio de seus trabalhos de estudos muitos anos antes do inicio provável da obra neste caso o primeiro estudo oficial foi em 1975 e claro apresentou complicações para o ecossistema da região, além de desabrigar índios e animais silvestres, hoje 36 anos após os primeiros estudos, a construção da terceira maior usina hidrelétrica do mundo ainda gera grandes debates.

"Imagem do projeto da usina"

Belo Monte será a maior usina inteiramente nacional do Brasil, pois Itaipu é compartilhada entre Brasil e Paraguai, reduzindo assim a necessidade de uso da energia gerada em Itaipu, energia que neste ano ficou mais cara com aprovação de nosso senado, belo Monte terá capacidade de gerar em média 4 mil MW chegando à 11 MW em meados de 2019 (mais de quarenta anos depois do começo dos estudos de implantação da usina), satisfazendo o potencial energético brasileiro, gerando uma possível desaceleração inflacionaria do preço da energia consumida, mas pensando no “Aqui e Agora” a construção da usina deverá empregar cerca de 7 mil pessoas neste ano e no auge das obras por volta de 45 mil pessoas de forma direta, além de gerar outros milhares de empregos indiretos na região, essa majestosa obra custará provavelmente 25.8 bilhões.
A famosa ONG Green Peace (criada em 1975 e começou suas atividades no território brasileiro há 18, se posicionando contra a usina nuclear de Angra 1) é contra a construção de Belo Monte, devido ao impacto socioambiental que ela causará, como: redesenhar o riu Xingu, realojar forçadamente centenas de famílias e prejudicar a sobrevivências das espécies habitantes da região (peixes e animais silvestres). Mas o que mais me impressionou do Green Peace não foi o fato da reprovação da obra, e sim como foi abordado, “Vamos chutar o pau da barraca! Porque essa obra não pode acontecer.”
Essa abordagem talvez funcione com alguém de esquerda revolucionário ou com um anarquista, mas comigo não, sempre ouvi criticas e eu mesmo critiquei a falta de investimento em infraestrutura governamental, então esta obra deveria ser uma noticia alegre, como a descoberta da zona petrolífera do Pré-sal foi e vem sendo, Belo Monte será uma fonte gigantesca de energia renovável/limpa, porém nosso aclamado Pré-sal gerará grandes quantidades de emissão de carbono, e mesmo assim a descoberta do Pré-sal garantiu a continuidade da autossuficiência brasileira de combustível fóssil (conhecido “Ouro Negro” que papel preponderante na distribuição econômica mundial), sem dizer claro do “BOOM” econômico.
E assim o Green Peace perdeu minha colaboração, não quero dizer com esta publicação, que o Green Peace não seja uma organização importante, porque eu mesmo admiro o trabalho desenvolvido, por meio de pesquisas de potenciais renováveis e de manutenção do equilíbrio geoecológico de nosso planeta, mas o que eu pretendo é mostra um ponto falho na organização, pois também quero um mundo melhor e menos poluído para meus filhos, assim como quero um país melhor, com uma distribuição de renda mais justa, potencialmente um Estado de “Bem-Estar” social e alcançar as categorias atuais de um Estado desenvolvido.

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